Confirmando a previsão noticiada por este blog, o Copom decidiu mesmo pela elevação da Taxa Selic para 10,5% ao ano. Uma matéria publicada ontem pela revista The Economist, The bugbear of Brazil, reafirma a preocupação com a inflação no Brasil e corrobora a minha opinião no post do dia 14/01 - A mão forte.
Com essa medida, o governo tenta afastar o fantasma da inflação. Mas quais os impactos para os diversos setores da economia? Na minha opinião o ano será difícil, enfrentaremos uma certa recessão, a bolsa irá sofrer muito, dólar em alta e o crescimento continuará a ser muito baixo.
Acredito em uma certa recessão, pois a mistura de preços altos mais o encarecimento do crédito resulta em menos consumo. A bolsa irá apresentar muita volatilidade, pois os Estados Unidos mostram a cada dia que estão se recuperando e a tendência é a fuga do capital estrangeiro para a economia norte-americana. Essa fuga manterá o dólar em alta e exigirá intervenções para estabilizá-lo.
Como nosso mercado de renda variável é muito dependente desse capital, o volume irá cair e as operações irão voltar-se mais para as operações internas.
Infelizmente, as projeções para o PIB 2014 também são desanimadoras, segundo o Banco Mundial, em matéria publicada na revista Veja, cresceremos cerca de 2,4%. Bem abaixo da média global e o menor entre os países que compõem os Brics. Menor até do que o crescimento projetado para a Argentina, cerca de 2.8%.
Minha opinião é que em um ano em que o governo pretende a reeleição iremos testemunhar políticas econômicas autocráticas como nunca visto antes. O governo fará tudo e mais um pouco para "segurar as pontas" até as eleições. Depois, salve-se quem puder!
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